Quando terminas o teu percurso escolar ou formação profissional, deves solicitar
o certificado de habilitações, para poderes comprovar a tua escolaridade quando te
candidatares a um local de trabalho. Se não tiveste oportunidade de concluir a
escolaridade obrigatória, tens essa oportunidade através dos
Centros QUALIFICA. Poderás inscrever-te em:
https://www.iefp.pt/rvcc.
Para além de procurares um emprego de forma autónoma e ativa, pode ser uma ideia
inscreveres-te também no Centro de Emprego da tua área de residência
(IEFP). O IEFP existe para te ajudar a procurar
trabalho (ou formação) e pode ter um melhor e mais direto acesso a um emprego numa
determinada área. Poderás inscrever-te presencialmente ou online em:
https://www.iefp.pt/inscricao-para-emprego.
Ainda no IEFP poderás encontrar a rede de Gabinetes de
Inserção Profissional (GIP), que são entidades que prestam apoio à colocação
no mercado de trabalho.
Podes também recorrer ao Projeto Contratos Locais de
Desenvolvimento Social (CLDS), pois também tem ofertas de emprego e apoia os
candidatos no concurso.
Se estiveres numa situação de desemprego, é também no IEFP que poderás questionar
se tens direito ao subsídio de desemprego até encontrares um novo local de trabalho.
Se não tiveres direito ao subsídio de desemprego, procura apoio nos serviços da
Junta de Freguesia, na Segurança Social ou Câmara Municipal.
Para te candidatares a alguma oferta de emprego vais precisar ter um
curriculum vitae (CV) e uma
carta de apresentação para enviar às entidades
empregadoras. Normalmente, os GIP, os CLDS e até o Projeto
Escolhas ajudam nesse sentido. Procura-os!
Contudo, poderás visitar o seguinte site:
https://europa.eu/europass/pt/create-europass-cv.
Lá encontrarás apoio para a construção do currículo, bastando apenas que preenchas
alguns campos.
Mantém sempre o teu currículo atualizado, principalmente o teu número de
telemóvel, para que não percas nenhuma oportunidade de emprego. Se fores
selecionado para alguma vaga de emprego, poderás ter de ir a uma entrevista.
Teres um contrato de trabalho é uma segurança para ti.
Com ele é possível efetuar descontos para as finanças e para a segurança social, o
que te permitirá receber apoio em situações de doença, por exemplo, que impliquem
ficares em casa temporariamente de baixa médica. Isto significa então que ter um
contrato de trabalho garante-te alguns direitos importantes (baixa, subsídio de
férias, subsídio de Natal, subsídio de desemprego, seguro de acidente, …). Se
estiveres a trabalhar sem contrato, para além de não te serem assegurados estes
direitos, estás mais vulnerável ao despedimento.
Antes de assinares qualquer documento, por exemplo
um contrato de trabalho, deves ler todas as páginas
com calma e atenção, inclusive o que está escrito em letras pequeninas. Caso
tenhas dificuldade em compreender o que está escrito, solicita o apoio da pessoa
responsável ou de alguém da tua confiança. É muito importante que saibas
exatamente com o que é que estás a consentir, ao assinar um documento.
Deves rubricar um contrato de trabalho em todas as páginas, para que ninguém as
mude, e assinar na última página.
Poderás solicitar o apoio da PAJE
para a interpretação de documentos ou esclarecimento de dúvidas sobre os teus
direitos.
Facebook: PlataformadeApoioJovensExacolhidos
Tlm: 913 142 204
Email:geral@paje.pt
Durante uma entrevista de trabalho, sente-te à vontade para colocar todas as
tuas dúvidas, por exemplo, relativas ao tipo de trabalho que irás realizar, horário,
vencimento, seguro, entre outros. Por vezes estas informações não são transmitidas
com clareza e poderá haver a possibilidade de estares perante uma situação de abuso
da tua boa vontade para trabalhar, por isso é muito importante que estejas bem
informado.
Em contexto de trabalho poderás conhecer vários colegas diferentes que estarão a
trabalhar contigo diariamente. Procura sempre ser simpático e mostra-te interessado,
disposto a aprender e a cooperar. Desta forma, para além de criares relações de
amizade e de incentivares um ambiente de trabalho agradável, receberás mais apoio
e sentir-te-ás mais confortável e satisfeito no teu local de trabalho.
É fundamental que cumpras o horário de trabalho, que não chegues
atrasado, que não faltes (a não ser em caso de justificada necessidade), que
respeites e obedeças às hierarquias (chefes, superiores), que preserves o
património do local de trabalho, que sigas o código de vestuário, que respeites
o regulamento interno e cumpras com a missão e os propósitos da entidade
empregadora.
Para além da PAJE, poderás entrar em contacto com a Autoridade para as
Condições de Trabalho para te informares melhor sobre os teus direitos e
deveres no trabalho.
Nota: Se tiveres algum problema judicial em
qualquer área da tua vida, e não tenhas recursos económicos suficientes para
pagar um advogado, podes recorrer a um advogado oficioso (gratuito), através da
segurança social.
Quando se inicia o primeiro emprego todo um mundo novo parece abrir-se.
Sente-se a emoção do primeiro ordenado, a sensação de alguma independência
financeira, mas também muitas perguntas relacionadas com burocracias.
Impostos e
contribuições fazem parte deste novo mundo e, por isso, é importante
conhecer as obrigações fiscais e sociais que chegam quando se começa a
trabalhar. No fundo, tratam-se de descontos que vão incidir sobre o ordenado,
fazendo com que, todos os meses, haja uma parte do salário que é entregue ao
Estado. A boa notícia é que a maior parte das burocracias são tratadas pela
entidade empregadora.
Quando se consegue o primeiro emprego é altura de começar a pagar o
Imposto sobre o Rendimento (IRS).
Anualmente, é necessário entregar a declaração de rendimentos, um procedimento que
é feito online e em que se faz o ajuste de contas entre o que se recebeu no ano
anterior, o que se descontou e as deduções, ou seja, as despesas que são comunicadas
através da e-fatura. Assim, para conseguires preencher a declaração, é importante
que não te esqueças de pedir as faturas (com o teu número de contribuinte) em
locais como a farmácia, papelarias, super e hipermercados, entre outros, para que
as consigas validar posteriormente.
O preenchimento da declaração tem prazos que devem ser cumpridos, mas que são
largamente publicitados, por isso basta estares atento. Além disso, no caso de
trabalhares por conta de outrem, podes estar abrangido pelo IRS automático, ou
seja, nesse caso a declaração já estará preenchida, bastando apenas que confiras e
valides.
Para entregar a declaração é necessário ter senha de acesso ao Portal das Finanças.
Poderás efetuar o registo no seguinte link:
https://www.acesso.gov.pt/v2/loginForm?partID=PFAP&path=/geral/dashboard
As contribuições sociais são outra
obrigação de quem está a trabalhar. São estes descontos que permitem não só
usufruir da reforma, mas também de outras prestações sociais como baixas médicas,
subsídio de desemprego ou de parentalidade, entre outros.
Tal como acontece com o IRS, a contribuição para a Segurança Social é
descontada no ordenado e paga pela entidade empregadora em nome do funcionário.
Para te informares sobre a tua situação contributiva e para garantires que os
descontos estão a ser feitos de forma correta, deves consultar o teu perfil no
site da Segurança Social a que se acede através de uma senha. Esta senha vai
ser muito útil no futuro pois, por exemplo, é na Segurança Social Direta que
verificas quando recebeste um subsídio e qual o valor associado, que obténs
declarações anuais de rendimentos, que fazes a marcação (caso necessário) para
poderes dirigir-te à Segurança Social do teu local de residência, entre outros.
Poderás efetuar o teu registo através deste link:
https://app.seg-social.pt/sso/login?service=https%3A%2F%2Fapp.seg-social.pt%2Fptss%2Fcaslogin.
Atenção: Nem sempre o primeiro emprego é por conta
de outrem. Muitas vezes a entrada no mercado de trabalho faz-se através dos
chamados recibos verdes, ou seja, como trabalhador
independente. Neste caso, as regras são um pouco diferentes. Cabe ao trabalhador
independente abrir atividade, ou seja, comunicar às Finanças que vai começar a
trabalhar e a emitir recibos. Se este for o teu caso, podes abrir atividade online
ou na repartição de finanças da tua área de residência, onde poderás também colocar
todas as tuas dúvidas.
"Errei mais de 9 mil cestos e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregue de jogar a bola que venceria o jogo e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos na minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso."